terça-feira, 19 de março de 2019

HPV - UM RESUMO DIAGNÓSTICO ATUAL

Introdução e Epidemiologia
Dada a multiplicidade de genótipos virais, o HPV tornou-se uma das principais preocupações em saúde pública, quando seus múltiplos processos virais possíveis de ocorrerem no trato genital inferior abrangem a possibilidade de infecção de oncogênese. 
Constitui uma das principais causas de DSTs, atingindo 20% dos indivíduos (principalmente mulheres) sexualmente ativos, sendo destes,  1% que incorrem em casos de neoplasia. 
Entre 30 a 50% dos jovens que se contaminam com HPV, culminam com NIC (Neoplasia Intraepitelial Cervical). 50% das mulheres estão sujeitas á infecção com HPV após 2 anos de início da atividade sexual. 80% das mulheres de vida sexual ativa, têm risco de adquirir HPV durante a vida, sendo destes, 5% que incorrem em condilomas, 35% apresentam exame citológico normal, 25% com NIC e 1% com carcinoma invasivo. As formas mais infectantes são as chamadas de alto grau de oncogênese são os tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73, 82. 

Clínica e Diagnóstico  
A clínica busca investigar fatores de risco relacionados ao HPV. A simples inspeção da área anogenital permite o diagnóstico quando, na presença de lesões papilomatosas. 
Entre os três métodos mais comumente utilizados na rotina, estão a colposcopia, a citologia (exame de papanicolau) e a biópsia (histológico, ou histopatológico). A colposcopia revela que 87,7% do diagnóstico com valor preditivo positivo, enquanto a citologia corresponde a 76,9% do diagnóstico e a histologia a 81,9%. Os três exames se complementam. Porém, há outros métodos muito mais eficientes, porém de alto custo/benefício. É a biologia molecular aplicada ao diagnostico de HPV. O PCR, o Southern Blot (gold standard) e a captura híbrida são os exames que produzem maior sensibilidade/especificidade. Estes últimos, especialmente a captura híbrida, permite avaliar o grau de infecção, subtipar o vírus e avaliar outras possíveis infecções, e até mesmo, quando feito de modo preventivo, produz o maior valor preditivo negativo para a clínica.













Dr. Dermeval Reis Junior
Biomédico CRBM1/SP 8102
Fisiologia/Patologia Clínica